Descubra o Imponente lintel que dá nome à Série Inicial ou Chichén Viejo
Thompson encontrou uma pedra estreita e primorosamente esculpida em uma das paredes. Descubra o imponente lintel que dá nome à Série Inicial ou Chichén Viejo.
Há cerca de um século, durante um extenso período, os viajantes que se aventuravam em Chichén Itzá podiam maravilhar-se com o lintel que dá identidade ao setor conhecido como Série Inicial. No entanto, este valioso objecto, hoje, está sob os cuidados do Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH) e não está incluído nos percursos actuais.
Este majestoso bloco de pedra, adornado com antigas inscrições maias, foi descoberto no final do século XIX por Edward H. Thompson, que, na época, ocupava o cargo de cônsul americano em Progreso e era proprietário da Hacienda Chichén Itzá. , segundo nos conta José Francisco Osorio León, responsável pela área arqueológica.
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Thompson, na esperança de descobrir os tesouros narrados por Diego de Landa – missionário e escritor do Yucatán pós-Conquista – foi informado sobre um monte que escondia um templo. Os habitantes locais que viviam e cultivavam as terras próximas confidenciaram-lhe esta elevação natural que escondia uma relíquia.
Lintel que dá nome à Série Inicial ou Chichén Viejo
Após investigação, Thompson encontrou uma pedra de formato estreito e primorosamente esculpida em uma das paredes. Após um exame mais detalhado, revelou um intrincado conjunto de glifos, que com o tempo e graças aos avanços no estudo das inscrições, foi determinado ser uma Série Inicial muito detalhada, mostrando dias e meses claramente, sendo um exemplar único em todo Chichen.
Esta notável descoberta data de 28 de julho de 869, razão pela qual este setor foi denominado Série Inicial, também atualmente conhecido como Chichén Viejo.

Após esta descoberta, Thompson propôs que este lintel fosse colocado sobre as figuras atlantes do templo. Porém, ao fazê-lo, parte das inscrições foi ocultada, o que contraria o propósito de mostrá-las em todo o seu esplendor. No entanto, esteve lá por muitas décadas.
Chichén Viejo, naquela época, recebia frequentemente intrépidos exploradores que, oficiosamente, entravam por rotas privadas. Por isso existem registros fotográficos de indivíduos posando sob este lintel apoiado por atlantes, acredita-se que uma das imagens mais famosas seja do ano de 1929.

Nesse período, a Carnegie Institution e o Peabody Museum da Universidade de Harvard realizaram estudos em Chichén Itzá e documentaram a Série Inicial de 1923 a 1942, deixando um inestimável acervo gráfico do local.
O responsável pela área de Chichén Itzá comenta que o lintel foi removido por volta de 2007 e fez parte de múltiplas exposições arqueológicas antes de ser guardado para proteção.

Agora, com o Programa de Melhoramento de Zonas Arqueológicas (Promeza), decorrente do projecto do Comboio Maia, prevê-se que esta peça tenha lugar de destaque no futuro Museu do Sítio Chichén Itzá.
As visitas a Chichén Viejo são exclusivas: acontecem apenas às sextas e sábados e devem ser agendadas com antecedência. Este lugar fica a apenas um quilômetro e meio do famoso Templo Kukulcán, no coração do complexo arqueológico.
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